Real Amizade Farense

Breve historial do clube


A Real Amizade Farense, constituída em julho de 1975 por um grupo de jovens farenses unidos pela paixão do desporto e por um forte sentimento de amizade, tem uma trajetória de vida caracterizada por uma grande dinâmica associativa e desportiva que durou, numa fase inicial cerca de 20 anos. Foi o período de ouro da RAF.

Durante esta fase, haverá a enfatizar, a recuperação de uma "estrumeira" existente no espaço anexo à Cruz Vermelha em Faro, que um grupo de jovens "rafeiros", com apoios vários (Regimento Infantaria 4, Guarda Nacional Republicana, Junta de freguesia da Sé, Câmara Municipal de Faro e outras entidades e pessoas a título individual) construímos um recinto desportivo que foi palco de vários torneios de futebol de salão. Foi neste espaço que tiveram lugar os 1os jogos desportivos da Cidade de Faro (Andebol e futebol de salão). 

Direcionado para dois escalões de jovens (12-14anos e 15-16 anos) que foi um sucesso social e desportivo por ter reunido grupos de bairros da cidade e também 2 equipas do Instituto D. Francisco Gomes (cujos jovens viram ofertadas por nós as sapatilhas para o torneio de futebol de salão). Para além desta dimensão de organização desportiva, a que se associaram várias outras iniciativas de índole desportiva (marchas, corridas, torneios de voleibol, de andebol, de futebol de salão), também dedicámos muita atenção à formação, tendo criado várias escolas de formação a nível do andebol feminino (que seria mais tarde constituídas em equipas federadas) e de voleibol no âmbito dos projetos de desenvolvimento desportivo da antiga Direção Geral de Desportos.

Numa outra dimensão socioeducativa, desenvolvemos um projeto em que, ao sábado de manhã, nos deslocávamos a escolas do ensino primário do concelho de Faro para organizar atividades desportivas com crianças até aos 12 anos de idade. 

A nível federado a RAF teve equipas de andebol (várias vezes campeã do Algarve de seniores masculinos) que disputaram vários campeonatos nacionais. Também a nível do Voleibol a RAF disputou vários campeonatos regionais e nacionais. 

Em termos culturais, criámos o nosso jornal/boletim IMPULSO, impresso com a colaboração da Escola Industrial e Comercial de Faro, e constituído por artigos, fotos, passatempos, reportagens, da autoria dos jovens "rafeiros", mas que teve uma vida curta (10 anos), mais por dificuldades técnicas do que motivacionais. No campo da Cultura também organizamos colóquios, participámos em eventos culturais, fazendo por vezes, parceria com outras Associações Culturais e Desportivas do concelho. 

Com uma intensa atividade desportiva e cultural, a RAF, para além da sua intervenção comunitária, que motivou que nos apelidassem de "revolucionários", o que não nos incomodava, pois, a RAF é uma filha de abril, foi uma escola para todos nós, dado que esta vivência associativa determinou que muitos de nós seguissem percursos diferenciados, mas, com a particularidade de se terem afirmado no campo desportivo, como dirigentes de clubes e associações desportivas.

Como todos os processos que, por falta de sustentabilidade, falham, também a Real Amizade Farense viu o seu projeto associativo passar uma fase de inatividade. Principal problema foi a RAF ter sido formado por um grupo de amigos, éramos cerca de 30 os sócios fundadores, que não tiveram arte e engenho para criar as condições para que gerações vindouras dessem continuidade ao projeto. Os sócios fundadores, viveram momentos de grande frustração quando "perdermos" a nossa sede social, por falta de condições económicas de suportar um escandaloso aumento de renda (cuja causa foi perdida em tribunal). Nesta fase de vida da RAF, também o "nosso" polidesportivo foi reivindicado pela Cruz Vermelha, proprietária do espaço. Duas frustrações que nos deitaram abaixo. Vivemos um período de inatividade. A maioria dos sócios fundadores seguiram as suas vidas, muitos deles continuando em outros projetos desportivos.

A RAF voltou à atividade há cerca de 15 anos atrás, primeiro com um projeto de andebol, uma modalidade com tradição em Faro, por força da RAF, e o propósito era recuperar a modalidade. Foi um projeto que não teve consistência tendo durado poucos anos.

Há cerca de oito anos, iniciou-se o projeto da Patinagem artística que se tem vindo a afirmar de ano para ano. Muito bem orientado, em termos técnicos, e muito bem enquadrado por um grupo de pais e mães, muito dinâmicos que são um verdadeiro exemplo de como o envolvimento parental parece ser determinante no ambiente que suporta positivamente a motivação e bem- estar dos/as atletas. 

Para a Real Amizade Farense, para além da importância do desenvolvimento desportivo dos/as jovens atletas, é muito significativo e digno de muito orgulho o envolvimento de pais, mães e familiares, bem como a dinâmica inerente a este envolvimento que tem efeitos muitos positivos a todos os níveis desportivos e sociais.Com esta dinâmica a família funciona como principal veículo de promoção das práticas desportivas de crianças e jovens assumindo um modelo de comportamento positivo, quer pelas atitudes, comportamentos e forma como vivenciam a patinagem na RAF.


Texto escrito pelo Srº Presidente do Real Amizade Farense, Srº Professor Joaquim do Arco                  

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